terça-feira, 14 de agosto de 2012

trechos sábios

Deus tem falado muito comigo e me cobrado! Segue a primeira resposta sobre algo que aconteceu comigo... Me converti na Universal. Conheci Jesus e a Palavra, fui batizado na água e no Espírito, tudo muito rápido. Foi um pronto socorro espiritual, um desfibrilador, uma quimioterapia digamos assim... Inicialmente me fez um bem muito grande por ter me tirado da morte, mas não tinha como continuar por lá depois de um tempo. Neste comecinho já era fortemente direcionado pelo Espírito Santo. Procurei a Renascer em Cristo. Outro clima, mais jovem, a presença de Deus muito forte também. A ‘Bispa’ Sonia pregava a minha vida. Dava a impressão que ela estava acompanhando cada passo que eu dava. Domingão e pá! O Espírito Santo revelava detalhes de meu dia-a-dia durante a ministração da Palavra. Mas o Espírito não me deixava confortável. Parecia me empurrar para frente. Sentia que Deus queria cavar mais fundo, pois eu havia dado toda liberdade ao Espírito para me dirigir. Parecia carro velho, onde parava eu pregava. Fui fazer uma visita à Assembléia de Deus, creio que o ministério do Belém, perto de casa. Deus falou muito comigo, mas foi apenas uma visita. Os usos e costumes foram a razão de minha não permanência por lá. Minha ‘ex’ teria que mudar o ‘look’ e achávamos que não era por ai. Ainda não era casado, apenas namorávamos e ela morava no Jaguaré, razão pela qual passava algumas vezes na semana pela estação de trem de lá. Nesta estação trabalhava um irmão ‘fogo puro’ chamado Gessi. Quando começamos a conversar ele me disse que era da Congregação Cristã no Brasil e eu disse que era da Renascer em Cristo. Nossa amizade foi se tornando cada vez mais profunda. Este irmão era daqueles que só de olhar em seus olhos começa a profetizar. Deus falava muito comigo através dele, dava até aflição. Ele, no meio da conversa e do nada me olhava, parava e dizia: ‘É varão...’ ficava em silencio por uma fração de segundo e eu sabia que vinha bomba. Ele nem falava ‘assim diz o Senhor’. Falava em primeira pessoa: ‘Eu vou fazer tal coisa em tua vida amanhã’. A parada acontecia do jeito que ele falava, fora fatos e dúvidas que se passavam em meu íntimo e que Deus revelava a ele. Em nossas conversas, um belo dia estávamos falando sobre nossas igrejas ele fez um convite para eu ir visitar a Congregação onde ele congregava (me perdoe pela aparente redundância). Aceitei o convite e fui com a minha ex no sábado. Ele nos recebeu na estação de trem de Carapicuíba (sim, é longe pra caramba, como diria o Jota Quest) e nos levou à casa dele. Apresentou-nos seus amigos, familiares, irmãos e fomos ao primeiro culto. Deus falou demais. Demais. Demaaaaaaaaiiiiiiiisssss. Foi maravilhoso, me batizei nas águas (já era batizado, mas Deus me quebrou as pernas lá), a ex também. Voltamos do culto e fomos para a festa de noivado da filha dele. Muito guaraná e salgadinho, bolo e docinhos. Conheci mais irmãos, me senti em casa. Orávamos, louvávamos. Rolou umas profecias dizendo que não era para eu me casar com a Rosi, rolou uns papos fortes sobre doutrina (ela estava de calça de moleton), um monte de coisa. A mesma irmã que falou da maneira de se vestir foi tomada por Deus e usada para ministrar sobre a vida dela. Ela foi batizada no Espírito Santo aquela noite. No fim da festa rolou até um ‘pega-pra-capá santo’: Os irmãos ‘cheios do espírito (com ‘e’ minúsculo mesmo), começaram a quebrar disco de musica secular, televisão, garrafa de bebida... Até eu entrei na ‘unção’ do ‘vâmo quebrá tuuuddoooo’ e joguei uns discos do Raul Seixas pela janela, aff...
No dia seguinte, depois de mais algumas visitas a outras ‘Congregações’ nas redondezas (foi uma ‘imersão’ o que fizeram conosco), nosso irmão nos levou até a estação de trem e nos perguntou se gostaríamos de nos tornar membros da Congregação. Decidimos que sim, pois havia sido diferente de tudo o que tinha acontecido até então, mesmo pagando o preço de termos que mudar drasticamente nosso estilo de vida, devido aos usos e costumes desta denominação.
Agora que o bicho pega: Tomamos o trem em Carapicuíba e vínhamos conversando sobre tudo o que tinha acontecido naquele fim de semana. É importante frisar que estávamos conversando baixo. O trem não tinha muita gente. Um rapaz que estava sentado no outro extremo do vagão se levantou, veio até nós e pediu licença para conversar. Ele aparentava ser um cara normal, não demonstrava ser algum bandido. Concordamos e ele sentou-se ao nosso lado. Apresentou-se (na verdade não lembro o nome) e perguntou: ‘vocês são crentes?’ Estávamos à paisana, nem Bíblia estava à mostra. Dissemos como o pessoal da Congregação dizia: ‘pela graça e misericórdia de Deus, SIM’. Ele perguntou: ‘de que igreja?’. Respondi, cheio de orgulho: ‘somos da Congregação Cristã no Brasil’. O rapaz arregalou o olho e disse: ‘Aahhhhh.... com vocês eu não posso não!’
Pausa na cena, ‘a lá Matrix’. Inspire, respire... Eu olhei pra ele e já o chamei pelo nome: ‘diabo, você de novo...’ e já fui querendo expulsá-lo, pra variar. Ele disse para mim: ‘calma, não vou fazer mal nenhum a vocês. Na verdade eu MORRI EM 1967 e estou aqui apenas para conversar um pouco’. Era ele mesmo, o rabudo. Continuamos ‘conversando’ (entenda: ele falava e eu ficava ordenando que ele se fosse, em nome de Jesus) até que ele se levantou e desceu em uma estação. Assim que ele desceu, me virei para a Rosi e disse: Você viu só como ele ficou quando dissemos que éramos da Congregação? Ele disse que conosco ele não tinha poder nenhum! Agora sim, estamos na igreja certa!
Levei-a em casa e nos sentamos na calçada por um momento para conversar a respeito de tudo o que iríamos fazer dali para a frente. Meu amor por Deus era (e é) tão grande que estava disposto a tomar a direção que Deus desse para minha vida, para meu ministério. Nisso, o vizinho começou a reclamar que estávamos sentados na frente do portão dele. Nos levantamos. Afinal de contas, éramos servos do Altíssimo e não deveríamos ficar sentados no chão. Meu coração estava cheio de orgulho pela ‘descoberta’ da igreja certa. No dia seguinte pela manhã, estava indo para o banco (trabalhava na Nossa Caixa). Abri minha Bíblia ao acaso e comecei a ler. Não gosto de brincar com a Bíblia, como se fosse uma caixinha de promessas, mas não há como negar que de vez em quando Deus fala SIM desta maneira conosco. Ela se abriu em Gálatas, e comecei a tomar um tapão atrás do outro: Gl 1:6-12 - Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho, o qual não é outro; senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema. Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Pois busco eu agora o favor dos homens, ou o favor de Deus? ou procuro agradar aos homens? se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo. Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens; porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado; mas o recebi por revelação de Jesus Cristo... A cada linha que eu lia ficava mais e mais tenso. Será que ‘era Deus’? Será que era coincidência? Será que o diabo tava tentando me enganar? Continuei lendo. Caía em trechos falando assim: Gl 2:3-7 – Mas nem mesmo Tito, que estava comigo, embora sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se; e isto por causa dos falsos irmãos intrusos, os quais furtivamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos escravizar; aos quais nem ainda por uma hora cedemos em sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós. Ora, daqueles que pareciam ser alguma coisa (quais outrora tenham sido, nada me importa; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me acrescentaram; antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me fora confiado, como a Pedro o da circuncisão...

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